A época de chuvas e calor intenso do Brasil são os cenários que tornam o Aedes aegypti um potencial inimigo da população pela grande quantidade de doenças que ele carrega. A mais mortal delas, a dengue, vem forte há cerca de 3 anos seguindo um crescimento de casos e mortes em todo o estado. Por isso, é preciso atenção para evitar uma nova epidemia. O JT conversou com especialistas da área sobre o assunto.
Para a Dra. Maria Paula Torres, médica da vigilância epidemiológica, é necessário agir sobre o vetor de maneira forte, pois o tratamento contra a dengue é feito de maneira simples. Ela explica que baixo número de casos registrados em Borborema se deve ao envolvimento intenso da Secretária da Saúde no controle do pernilongo. Além disso, eles envolveram prefeito, secretarias, departamentos e vários setores da prefeitura municipal para auxiliar no controle do transmissor, que segue as diretrizes de controle e prevenção do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. Com isso, escolas, condomínios, entidades religiosas, empresas e cooperativas estão ajudando na prevenção da doença e eliminação do criadouro.
A epidemia cíclica que afetou todo o estado de São Paulo está sendo controlado em Borborema. O Secretário da Saúde, Moacir Donizete Bertolo, juntamente com o Coordenador da Equipe de Controle de Vetores, Oseias Vieira da Silva e a responsável pela Informação, Educação e Comunicação, Alana Caroline de Bacco, explicam que o objetivo é manter o número de casos baixo e os óbitos no zero em nosso município.
As principais vítimas da doença são crianças e idosos, por isso, a equipe pede atenção aos sintomas e recomenda a busca imediata por ajuda. “Não estamos em epidemia. Na quarta-feira, temos 17 casos confirmados, 69 notificados e 28 descartados. Os dados variam diariamente mas com esses valores estamos totalmente fora da epidemia”, explica Moacir. “É necessário, porém, que cada morador seja um fiscal de sua casa, para evitar o pernilongo. Por isso, estamos realizando mutirões desde o ano passado, notificamos terrenos e estamos averiguando locais com casos de dengue para evitar proliferação”, complementa Oseias.
Alana e Oseias explicam que estão trabalhando com manejo químico, mecânico e informação. A informação se dá por ações de conscientização, o manejo mecânico por mutirões e o controle químico com o veneno. O grande problema, como deixam claro, é que o veneno tem perdido sua eficácia pois os pernilongos estão se tornando resistentes. Isso faz com que o controle mecânico e a conscientização precisem ser ainda mais firmes.
Para o Secretário da Saúde, o apoio total que a Prefeitura tem oferecido, disponibilizando ações com todas as secretarias, setores e departamentos, foi e continua sendo vital para o sucesso do controle da dengue.
Continuaremos acompanhando o trabalho da equipe para o controle da dengue e informaremos a população sobre o caso. É preciso que toda a cidade trabalhe em conjunto com a equipe para vencermos a dengue. É obrigação de todos.
