Com grande tristeza é que escrevo sobre uma amiga que partiu precocemente. Trata-se de Kátia Claudino, como era carinhosamente conhecida por todos. Tomei conhecimento de sua partida para o além quando voltava de viagem do Estado de Mato Grosso do Sul. Meu amigo Birinha me ligou dando a triste notícia.
A partir de então, passei a relembrar, com bastante nostalgia, a minha infância convivida com a Kátia e sua família, quando moravam defronte ao Campinho da Cadeia, onde todas as tardes estávamos eu, meus irmãos Rui e Ronaldo e mais alguns amigos que moravam ali nas redondezas, entre eles Zezé Presoti, o saudoso Sérgio Amâncio, Arnaldo Martins Carvalho, Zé Claudino, o saudoso Toninho Claudino, o saudoso Lila Presoto, dentre outros dos quais não me lembro no momento.
A viagem até Borborema passou rápido, pois voltei em minhas felizes lembranças de quando tinha apenas meus 15 anos de idade. Todos os dias, mal me continha e não via a hora para que chegasse logo o final da tarde para jogar bola no Campinho da Cadeia, onde havia um time do bairro respeitado e imbatível…conhecido e famoso simplesmente como o “Time da Cadeia”.
Beber água era na casa da dona Laura Claudino e seu Gilberto, onde tia Isaura, a Kátia, a Lourdes, a Tida, nos recebiam alegremente e sempre prestativos, atendendo a nossa solicitação. A família Claudino era a platéia permanente dos jogadores, pois residiam defronte ao Campinho, além de receberem boladas que vinham de lá.
O tempo foi passando e aos poucos o Campinho da Cadeia foi ficando para trás, cada um começou a seguir seu rumo na vida, estudando e indo trabalhar fora. A família Claudino mudou de lá também, e cada filho seguiu seu caminho.
No entanto, a amizade formada com a família Claudino continuou sempre viva entre nós, pois com ela aprendemos a vivenciar a generosidade e respeito com os nossos semelhantes no dia a dia.
Passei também a relembrar, com certa melancolia, de uma certeza na vida… de que esta é passageira, e sabemos o dia em que nascemos, mas não sabemos o dia em que partiremos. É o final inevitável que todos conhecemos, mas nunca esperamos.
Infelizmente esse dia chegou para a minha amiga Kátia Claudino, deixando em nossas lembranças os bons e felizes momentos vividos entre nós aqui na Terra.
É terrível dizer adeus, é triste e doloroso, pois dói muito tomar consciência de que jamais voltaremos a nos reencontrar…pelo menos não neste plano da existência.
Minha querida amiga Kátia Claudino se foi, partiu para sempre, deixando apenas a saudade no coração daqueles que a amam, ficando a sensação de impotência, de um luto carregado de saudade e nostalgia.
Até sempre, minha amiga, descanse em paz!!!
Que Deus dê a paz e o conforto necessários aos corações dos familiares e amigos… e que sua partida nos faça sempre lembrar e refletir a vivermos mais intensamente a vida, junto de quem amamos, muitas vezes com a alma alegre de uma criança, enquanto não se tornam apenas meras lembranças….de uma feliz e alegre tarde no Campinho da Cadeia.
DR. RIBAMAR DE SOUZA BATISTA