Cidade Editoriais

Presente de grego

Quem pulou 7 ondinhas ou pediu, no começo de 2020, um ano repleto de fartura e boas novas não imaginava o que estava por vir. A Revista Time elegeu 2020 como o pior ano de todos. Obviamente, a Time não existia em 1918, com a gripe espanhol, em 1929, na quebra da bolsa, em 6 de agosto de 1945, com a explosão de Hiroshima e Nagasaki, na Segunda Guerra, com os campos de concentração e nem nos regimes ditatoriais.

Calma, foi um ano ruim, sim! O mundo teve que se reinventar para existir à distância e muitos de nossos amigos e parentes próximos não estão mais aqui por conta dessa pandemia. A perda é incomensurável.

Quem pediu um 2020 bom não imaginava que seríamos vítimas de uma pandemia, que, graças aos esforços da ciência, pode estar próximo do fim. As vacinas estão batendo na nossa porta e, em breve, podem estar em nossos corpos.

Isso significa que, até o momento, NINGUÉM está a salvo do Covid-19. Estamos cansados, exaustos, saturados, ou, como o português claro diz, de “saco cheio” desse vírus. Mas ele ainda está aí. Ainda é preciso usar máscaras, passar álcool em gel, dar atenção ao distanciamento e realizar o tal isolamento social. Tudo isso enquanto seguimos nossa vida, sim! Parece difícil conciliar, mas é possível manter comércio aberto e a saúde estar em primeiro lugar.

Nesta semana, um novo decreto municipal deu um pouco mais de liberdade ao povo borboremense. É ótimo para que possamos, com parcimônia, comemorar o natal e ainda lembrar de nossos entes queridos que não resistiram à esse ano difícil.

Que todos os que pularam ondas e desejaram 2020 bom desejem um 2021 ótimo, para que não percamos a esperança. E também que Deus nos conforte para que não recebamos um presente de grego como esse vírus. Quem dera tivesse sido só um cavalo de Tróia…