O jovem Miguel Ângelo Gouveia Neto, de 15 anos, aparenta ser apenas mais um estudante no meio de tantos outros. O garoto, que pratica voley em nível alto, não fica para trás quando o assunto é dentro da sala de aula. Convidado por sua professora de Matemática, Ana Rosa, para realizar a prova da Olímpiada Canguru de Matemática, Miguel conquistou a medalha de ouro na Olímpiada, uma das muitas que ele terá em sua carreira.
A Olímpiada Canguru de Matemática existe desde os anos 80, criada por um professor australiano. Anos depois, dois professores franceses levaram o concurso para França, onde ficou conhecido como Kangorou sans Frontières (Kanguru sem Fronteiras). Presente em mais de 80 países, a Associação Internacional Canguru sem Fronteiras debate assuntos pertinentes para o ensino de Matemática todos os anos e aplicam a prova que Miguel fez. No último senso, de 2018, cerca de 500 mil alunos brasileiros participaram. No mundo todo, cerca de 6 milhões de estudantes participam todos os anos.
E foi nesse ambiente disputado e cheio de gênios do futuro que o borboremense Miguel realizou a prova que continha 30 questões em cerca de 1:30h e conquistou a medalha de ouro. Frequentando o primeiro ano do Ensino Médio, ele já se demonstra aptidão para exatas, área que ele diz gostar, e para o voley, onde é um grande atleta municipal.
Quando perguntado, ele se diz surpreso pelo resultado. Para ele, a prova foi difícil, e foi necessário atenção, conhecimento e interpretação para realiza-la. Tudo isso ele tirou de letra – ou de manchete – na hora da prova. Sem nenhuma preparação acentuada, ele fez a prova em outubro e, no último mês, recebeu a medalha de ouro. Com a medalha, ele fica mais confiante para seguir na área de exatas. “Gostaria de agradecer a atenção da Professora Ana Rosa e ao apoio minha família, que sempre estão presentes quando preciso”, concluiu.