A esporotricose, popularmente conhecida como a “doença da roseira”, é uma micose causada por fungos da espécie Sporothrix schenckii. Possui grande relevância pois ela é uma doença contagiosa entre humanos e animais, por tratar-se de uma zoonose, e os gatos são os animais mais acometidos por esse fungo.
O agente geralmente entra no organismo por meio uma ferida na pele ou por pequenas lesões. Os principais locais onde são encontrados esse fungo são em plantas, nas cascas de árvores e espinhos, aproveitam estes locais para se proliferarem ao causar pequenos cortes nos animais, assim facilitam a transmissão, que pode ocorrer também através do contato com objetos ou ambientes contaminados.
Nos animais, a apresentação mais comum da doença se manifestar é na forma cutânea. Geralmente aparecem lesões na pele, e em outras regiões como mucosas, pulmões, ossos, articulações e sistema nervoso central. As lesões na pele, chamadas de cancro esporotricótico, surgem principalmente na região da cabeça e nas extremidades das patas, são feridas de forma nodular e avermelhadas que não causam dor e nem coceira, mas que costumam ser graves, pois não saram com antibióticos, pomadas ou qualquer outro tratamento convencional. Ainda podem surgir sintomas como fraqueza, anorexia e febre.
O diagnóstico da esporotricose é realizado por um médico veterinário, ele é baseado no histórico do animal, exame físico e observação das lesões, porém é necessário exames de citologia, cultura fúngica ou biópsias para confirmação desse diagnóstico.
O tratamento da esporotricose é um processo demorado, podendo levar alguns meses até que o animal esteja. São administrados antifúngicos orais, e em caso de infecções secundárias, antibióticos. Esse tipo de tratamento deve ser realizado apenas com o acompanhamento de um médico veterinário, ainda mais nos casos de esporotricose em gatos, pois eles são sensíveis a diversos medicamentos e a avaliação prescrição e dosagem devem ser realizadas por um profissional.
A prevenção da esporotricose baseasse na adoção de medidas higiênicas e sanitárias, visando reduzir os riscos de transmissão do fungo para outros animais e até mesmo os humanos. Os animais doentes devem ser mantidos em isolamento durante o tratamento. Deve-se evitar o acesso de animais sadios e doentes a ambientes externos, evitando assim o contato com outros animais e com o ambiente que poderá estar contaminado com o fungo. Recomenda-se o uso de luvas ao manusear gatos com qualquer tipo de nódulo ou úlcera na pele, pois esse fungo pode contaminar seres humanos.
Autor: Matheus E. de Souza – Acadêmico do 4º Ano de Medicina Veterinária
Colaborador: Leandro C. de Souza – Médico Veterinário
Colunista:
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