A grande maioria das pessoas acreditam que os piolhos são parasitas exclusivos dos seres humanos, mas além dos humanos esses parasitas infestam diversas espécies de animais, assim como as pulgas e carrapatos, mas esses piolhos são de gêneros diferentes dos que acometem as pessoas.
Em cães e gatos existem dois tipos de piolhos, os sugadores da ordem Anoplura, que se alimentam de sangue, e os mastigadores da ordem Malophaga, que se alimentam de restos celulares da pele e dos pelos.
A transmissão dos piolhos ocorre por meio de contato direto, de um animal que está infestado para um animal saudável, ou por objetos que o animal costuma utilizar, como caminhas e cobertores. As espécies de piolhos que acomete os animais não parasitam os seres humanos, porém não deixa de ser importante o tratamento de animais com esses parasitas.
Ambos os tipos de piolhos podem causar dermatite alérgica. Os sinais clínicos comuns em animais com pediculose são: coceira, prurido intenso, perda de pelo, escoriações cutâneas, comportamento irritado e odor “de rato”. Além disso eles podem transmitir um verme intestinal, o Dipillidium caninum, se for ingerido pelo animal.
O diagnóstico é feito por um veterinário, através dos sinais clínicos apresentados e exame físico, junto com exame microscópico e o achado dos parasitas na pele e pelos do animal.
O tratamento da pediculose consiste em cronograma de banhos com xampus, administração de medicamento antiparasitário, manejo e desinfestação do local onde o animal vive e dos objetos que ele tem contato.
Autor: Matheus E. de Souza – Acadêmico do 4º Ano de Medicina Veterinária
Colaborador: Leandro C. de Souza – Médico Veterinário