A população borboremense não se decide do que quer ou precisa. De cima do muro é possível observar os dois lados de uma mesma moeda da população que reclama de lá e reclama de cá por todas as ações que estão sendo realizadas.
A administração fechou as entradas das cidades, impedindo que pessoas de fora entrassem. Foi um auê. Reclamação de todos os lados vieram e os argumentos eram os mais diversos.
Então o promotor sugeriu a revogação disso e uma chuva de reclamações veio, dizendo que pessoas de fora trariam a doença. O que mais impressiona é que parte dos reclamantes do primeiro caso e do segundo são os mesmos. Um misto de indecisos com vontade de reclamar que não cabe no peito.
O mesmo vale para os negacionistas do Covid-19. Passaram meses negando a existência de uma doença e agora “encontraram” um remédio que “cura” a doença que eles acreditam que não existe. Não tem cabimento.
O caso da mulher na praça de Araraquara que foi fechada exemplifica bem. As pessoas pedem pela ditadura, dizendo que só foi pesada para quem era vagabundo, mas não conseguem aguentar 5 minutos de ação policial por descumprir um decreto municipal.
Quem está em cima do muro, ao menos nesse momento, tem conseguido entender que as ações de isolamento são necessários mas também é impossível manter todo mundo preso em suas casas sem ver a luz do sol.
É preciso equilíbrio. Estar em cima do muro hoje é uma boa.
