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PSICOLOGANDO O que eu preciso saber para lidar com as “birras” do meu filho.

Gritos, choros inconsoláveis, em alguns casos esperneando e se jogando no chão, o que era um choro, em poucos minutos se transforma em uma birra. Seja por querer um brinquedo novo, por não querer terminar de comer a refeição ou até porque o coleguinha pegou seu brinquedo favorito, quem nunca passou ou presenciou uma sena dessas não sabe o que é sentir um misto de emoções difíceis de lidar e explicar, ainda mais quando ocorrem em lugares públicos, na frente da família, amigos e até de desconhecidos.

Geralmente as crises de choro são desencadeadas por uma pequena palavra chamada NÂO, as crianças, em especial as mais novas, não desenvolveram ainda habilidades cognitivas que os capacitem a lidar com o fato de serem contrariadas.

O adulto não pode simplesmente reagir a birra, é necessário agir de forma ponderada para não reforçar este comportamento na criança, por isso a orientação profissional é imprescindível nesses casos para que a causa deste comportamento possa ser investigada, podendo por exemplo estar ligada a chegada de um irmãozinho(a) ou até mesmo a separação dos pais.

Segue algumas orientações que facilitarão o comportamento dos pais diante desta situação:

  1. lembre-se primeiramente, que lidar com frustrações é difícil até para adultos, imagine para uma criança no início de seu desenvolvimento.
  • É importante atentar-se para fatores como sono, cansaço, dor, febre e outros que pode aumentar a incidência de crises de birra, neste caso o melhor é evitar determinadas atividades.
  • Faça combinados! Antes de sair com sua criança para um ambiente que exige um padrão de comportamento diferenciado ou oferece muitas tentações (shopping, super mercado, etc.), converse sobre o que você espera dela de maneira objetiva. Apresente os “podes” e os “não podes”, planeje um roteiro e antecipe seus maiores obstáculos.
  •  Crianças maiores já têm condições de entender e planejar estratégias para voltar à calma em situações difíceis. Em um momento de tranquilidade, ajude seu filho a escolher o que fazer nestes casos (beber água, prestar atenção na respiração, ouvir sua música preferida). Não deixe de falar sobre o que costuma funcionar para você.
  • Chegada a hora da conversa, tente validar o que seu filho sentiu (“entendi que você queria muito ir ao parque, é mesmo muito divertido lá”), mas não valide a birra (“gritar e chorar não te ajuda a conseguir o que você quer, só faz a tristeza e a raiva crescerem”). É essencial aos pais neste momento, manter um tom de voz tranquilo e firme e não se exaltar.
  •  Lembre-se que uma criança que apresenta comportamento de birra não é necessariamente “mal criada” ou “mal educada”, independentemente dos olhares e palpites de quem assiste. A educação é um processo, não um momento.