Nesta semana, o JT apurou juntamente com o advogado Dr. Emerson Alencar Martins Betim o aparecimento de novo golpe em nossa cidade e em nosso país: o pagamento de acordo judicial. O caso chegou até Borborema e podem existir vítimas, por isso fique atento. Dr. Emerson explicou todas as incongruências do golpe e como se prevenir de casos como esse.
O golpe vem em carta, destinada ao morador da residência, inclusive contendo o nome. Na carta, o nome de um escritório de advogados. A carta, para leigos, parece bem sucinta. Possui assinatura de um renomado advogado de São Paulo (que entrou com processo contra o caso), telefones para contatos, número de protocolo e diversos jargões como “pecúlio”, “interdição judicial”, “custas processuais”, entre outros. De cara, é algo que qualquer pessoa pode ser enganada. “A carta intima o beneficiário a receber um pagamento de um acordo judicial contra bancos. Como são casos comuns, principalmente para aposentados, que fizeram a muitos anos a compra de ações e semelhantes”.
Com a análise mais detalhada do papel e do caso, Dr. Emerson identificou diversos erros. “O golpe argumenta que, com a intervenção do escritório deles, em 5 dias você recebe o dinheiro. Mesmo assim, durante a carta, eles argumentam que depois do prazo de 5 dias você não receberá mais e, ao mesmo tempo, escrevem que após os 5 dias o prazo para recebimento pode variar entre 12 a 36 meses”.
No segundo ponto, a utilização de termos e jargões que não existem. “Eles falam de uma dívida precatória, que não existe; carta precatória, que não existe. A terminologia é grosseira. As “custas processuais” da carta apresentam GARE e a DARF como custas, mas não se encaixam, pois são guias de arrecadação da receita federal e estadual”.
A montagem da carta, contém ao final o dona de um advogado conhecido, mas ele não faz parte do golpe. O nome dele foi colocado para dar veracidade a carta, juntamente com números de central de atendimento que, se você ligar, falará diretamente com um dos golpistas, que te aconselhará a fazer o depósito na conta de um laranja. Se você fizer, nunca mais verá seu dinheiro.
Para Dr. Emerson, a maior incoerência está na marca d’agua que a carta possui, onde se vê o brasão nacional. “Nenhum escritório utilizará o brasão nacional em uma carta e nem haverá um código de barra, como ocorre”. Em Borborema, o caso já tem vítimas. Por isso, é importante tomar cuidado. Fiquem atentos!
