Policial

O que leva uma mulher a incendiar a casa do ex-namorado?

Nesta semana, um incêndio criminoso acabou por deixar um homem borboremense de 32 anos em estado grave e com 70% do corpo queimado. A ex-namorada, de 24 anos, foi presa em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio e aguarda julgamento. Apesar do crime, várias pessoas próximas do ex-casal confirmam que a relação era abusiva, tendo começado com agressões verbais, as quais evoluíram para agressões físicas e psicológicas.
Mas o que levaria uma mulher a atear fogo na casa do ex-namorado?
O Jornal A Tribuna buscou mais informações acerca do caso e apurou indícios de agressões dos mais variados tipos por parte de M.T. (32), as quais seriam constantes. Há fotos publicadas nas redes sociais de C.J. (24) com o rosto mordido pelo ex.
Pessoas próximas à C.J. confirmaram que ela já havia sido agredida diversas vezes e que M.T. teria invadido a casa dela, quebrado móveis e desaparecido com o cachorro, dizendo que ele teria morrido, mas foi encontrado tempos depois abandonado. Além disso, apurou-se que C.J. teria uma medida protetiva contra M.T., que o impedia de manter contato ou se aproximar da ex-namorada.
Na delegacia, a longa lista de boletins de ocorrência contendo o nome de C.J. vão desde perda de celular até desinteligências com outras pessoas, mas consta apenas um por agressão contra o ex-namorado. A gota d’água para o crime teria sido ameaças à vida de C.J. e uma invasão à casa dela, onde ele supostamente teria quebrado diversos móveis. Ao que tudo indica, o ex-casal havia discutido mais uma vez.
O crime de incêndio criminoso e a tentativa de homicídio foram considerados graves, pois o fogo poderia tomar as casas vizinhas, se não fosse o rápido trabalho dos bombeiros comunitários de Borborema; e M.T. poderia ter perdido a vida se não fosse a ação dos vizinhos em ajudá-lo.
Na audiência de custódia, ficou determinado que C.J. responderá pelo crime presa, pois a Justiça entendeu que ela pode ser um perigo para a sociedade neste momento.
Porém, ao longo do processo, a defesa pode ingressar com “habeas corpus” e até conseguir que ela responda ao crime em liberdade, já que tem um filho menor que depende dos seus cuidados. Uma audiência decidirá se C.J. irá a Júri Popular.
O J.T. continuará acompanhando o caso.