Na última eleição para Prefeito e vereadores, que aconteceu em 2016, Borborema teve a incrível marca de 83 vereadores, um número acima do que teremos agora em 2020. Desses 83 vereadores, cerca de 27 eram mulheres; 12 eram negros e pelo menos 30 não possuíam curso superior completo. Isso sem contar os evangélicos, os espíritas, umbandistas e até ateus ou agnósticos que se candidataram.
Em meio a uma variedade de escolhas e opções que a população borboremense tinha para nos representar, escolher pela mistura mais homogênea possível: 9 homens, brancos, héteros, de classe média e católicos. Como poderíamos esperar debates sensatos sobre assuntos dos quais eles mesmos nem sabem da existência.
Entre tantas escolhas, Borborema optou por não ter representatividade. Longe desse semanário criticar agora o trabalho limpo e transparente que a Câmara realizou neste quadriênio, mas é preciso que escolhamos pessoas que nos representem e que mostrem que nossa população não é formada de um único núcleo simples, como a formação da última Câmara nos deu a impressão.
É preciso que tenhamos mulheres para falar da defesa das mulheres; é preciso que tenhamos negros para falar dos problemas raciais; é preciso que tenhamos pobres que entendam como é ser marginalizado; é necessário incluir outros gêneros e orientações para que possamos falar desses temas.
Este ano, teremos uma nova oportunidade de escolher nossos representantes. Que eles realmente nos representem, de cara lavada, e mostrem a diversidade que há na população borboremense.
