Uma questão que vem quebrando a cabeça de pais, professores e coordenadores de escola nesse tempo de pandemia e sobre o Ensino Remoto Emergencial, com matérias ministradas por meio online, professores e pais receberam mais essa missão de instruir os seus pequenos nesse momento de caos, e acreditem não é nem um pouco fácil.
Não é desconhecido dos estudiosos de educação esse termo (E.R.E.), já existem inúmeros artigos e estudos que abordam esse tema já recorrente. O E.R.E. foi primeiramente pensado para ser utilizados em casos específicos, como desastres naturais e regiões em situação de guerra, um exemplo mais ou menos recente é o caso do Furacão Katrina que assolou a costa sul dos Estados Unidos em 2005, naquela época foi adotado um sistema de distribuição de Dvd’s com o conteúdo, matérias e atividades para os alunos, onde o principal objetivo era a não estagnação educacional naquela região e é exatamente nesse ponto que eu queria chegar.
O principal objetivo da aplicação do ensino remoto em tempos de crise, e que o aluno não pare de progredir, mesmo que de forma menos acentuada sua curva de aprendizado não se deve estagnar pois pode gerar um déficit de conteúdo nesse aluno, que pode ser bem complicado de correr atrás disso lá na frente. Estudos demonstram isso muito bem, o não acesso a alunos, principalmente no caso infantil, a um conteúdo educacional de qualidade por um longo período de tempo, faz com que esses alunos regridem no aspecto de controle motor e na velocidade do raciocínio, fazendo então do E.R.E. a única resposta eficiente a esses retrocessos.
Mas como tudo no meio educacional, nada vem de mão beijada, principalmente no caso das crianças, para isso dar certo é necessária uma constante integração entre professores, alunos e pais, e é aí que complica tudo. No caso dos pais, a sua maioria não está preparada para ajudar os filhos de maneira adequada, e perdem um tempo precioso com esse processo, no caso dos professores a maioria tende a trabalhar muito mais para preparar as aulas online por se tratar de ser uma linguagem diferente abordada em aulas online e no caso dos alunos a falta de foco em casa é a principal barreira para o ensino adequado possa ser assimilado.
Não é uma coisa fácil realmente, mas o diálogo entre as partes é o único caminho para o êxito nesse aspecto, um canal aberto entre professores e pais sempre lembrando que é um período emergencial que tem como objetivo a não estagnação letiva dos alunos, e que com paciência e bom senso pode ser superada de uma maneira positiva por alunos, professores e pais.
Colunista:
Francisco Flavio Simões Neto