Vasculhando na internet me deparei com uma tirinha de alguns anos atrás (essa ai embaixo) e me fez querer falar sobre isso aqui. Ela dá a entender que todos os seres humanos nascem com um buraco no meio do peito e que a maioria tenta preencher esse “buraco” com as coisas variadas, e no último quadro uma pessoa que parece não se incomodar muito com seu buraco, inclusive se divertindo com ele.
Normalmente vivemos cercados de pessoas em todos os lugares que vamos, temos contato diário com mãe, pai, amigos, avós, parceiros e por assim vai, com tanto contato humano as vezes nos esquecemos, ou nunca paramos para pensar, que estamos absolutamente sozinhos dentro de nossa própria pele, podemos nos cercar de quantas pessoas forem mas sempre estaremos sozinhos dentro de nós mesmos, dentro dos nossos pensamentos, dentro do nosso caminho.
Dessa história da sua vida só você que viveu todas as cenas, só você que sabe de toda trama, desde aquela felicidade mais espremida até aquele amargor que você trás de tempos atrás, por mais que uma pessoa te conheça, não ela não sabe de tudo, e isso pode ser um pensamento encorajador se você conseguir encarar o seu “buraco” como ele o é, vazio e tosco sim, mas é seu e único. Não se trata de preencher o “buraco”, se trata de aceitar seu “buraco” e se aceitar no meio desse vazio. Chego à conclusão que a solidão é condição da humanidade e não uma escolha ou mérito.
Colunista:
Francisco Flávio Simões Neto
