Cidade

Morador indignado questiona corte de árvore cinquentenária da Escola Manoel

Nesta semana, o Jornal A Tribuna foi procurado por Newton Ap. Lorenzetto, morador das proximidades da escola Manoel Silveira Bueno, escola esta que recentemente realizou o corte de uma das árvores do estacionamento. A ação gerou reações controversas em parte da população, como Newton, que questionou a ação. A seguir, segue carta do morador questionando a ação e explicando o motivo da indignação:
“Eu, Newton Ap. Lorenzetto, morador da rua Fernão Salles há cerca de 30 anos, nascido aqui. As arvores que foram podadas e cortadas tem mais de 50 anos. Minha revolta se dá por dois fatores. O primeiro é se foi realizado mesmo um estudo? Se foi realizado um estudo, foi realizado de maneira correta?
Moro há muitos anos naquela rua e garanto que a companhia de energia elétrica nunca recebeu nenhum tipo de reclamação da referida árvore. Sequer ela poderia causar danos aos alunos visto que ela fica em uma área da qual as crianças não têm acesso, que é o estacionamento. Ao meu ver, a ação foi única e exclusivamente feita para prevenir danos aos carros e dar mais espaço ao estacionamento.
O último fator que questiono é a história. É impossível falar da Escola Manoel Silveira Bueno, da qual estudei, sem pensar nessas árvores que têm cerca de 60 anos ou até mais. A erradicação da árvore é uma afronta à memória da cidade e da escola, que deveria ser um considerado um patrimônio histórico. Mesmo que hoje não seja permitido a plantação dessa espécie em áreas urbanas, ela já estava lá! Ela fazia parte da vida da cidade e dos estudantes que passaram por ali e dos moradores que passam por aquela rua todos os dias.
É uma tremenda injustiça o que foi realizado. Não podemos aceitar ações como essa que mancham a memória de nossa querida cidade. Aqui, questiono o corte dessas árvores e gostaria de uma explicação plausível, ou mesmo uma justificativa que não seja a criação do estacionamento. Professores que tentam ensinar sobre conservação do meio ambiente e a escola que ensina para que haja preservação e cortam árvores cinquentenárias. É no mínimo conflitante. Agradeço aqui o espaço cedido pelo Jornal A Tribuna e espero resposta”, finalizou.