A erliquiose (ou erlichiose) é uma doença infecciosa severa que acomete os cães, ela é causada por bactérias do gênero Ehrlichia, sendo a principal a Ehrlichia canis. Essa doença raramente atinge gatos ou seres humanos, embora isso não seja impossível. É uma das doenças mais comuns durante o verão, já que os carrapatos precisam de calor e umidade para se reproduzir.
O carrapato é um reservatório, ou seja, um portador, de uma bactéria chamada de Erlichia canis e ao picar o cachorro, a bactéria entra na corrente sanguínea do animal e afetará o sistema imunológico.
A erliquiose possui três fases (aguda, subclínica e crônica), em cada uma delas o animal apresenta sintomatologia diferente. Na fase aguda o animal apresenta febre, letargia, perda do apetite, manchas vermelhas na pele, sangramento na urina e narinas, além de alterações oftálmicas e neurológicas. Já na fase sub-clínica os sintomas não são evidentes. E na fase crônica o animal vai apresentar apatia, caquexia, perda de peso, mucosas pálidas, hemorragias e até infecções secundárias.
O diagnóstico da erliquiose é realizado por um médico veterinário, baseado na anamnese, histórico do animal e exame físico, com inspeção para procura dos carrapatos. Para auxiliar no diagnóstico dessa doença será necessário exames hematológicos, esfregaço sanguíneo e teste rápido específico para erliquiose.
O tratamento da erliquiose depende da fase em que o cachorro se encontrar. O principal tratamento é o de suporte, em que o veterinário utiliza a fluidoterapia e até transfusões sanguíneas para compensar as hemorragias do cachorro.
O tratamento é feito à base de medicamentos, sobretudo os antibióticos (especial à doxiciclina), junto ao tratamento zupo O tratamento pode durar de 21 dias a 8 semanas. Vai depender da precocidade do diagnóstico, do quadro dos sintomas e a fase em que o animal se encontra no início do tratamento.
Não existe vacina contra a erliquiose. A melhor prevenção é o combate aos carrapatos, por meio de algumas medidas como:
- Manter atualizado o protocolo de desparasitação de carrapatos do animal;
- Desinfetar o ambiente onde o animal vive periodicamente, caso haja grama no local, manter sempre curta.
- Faça periodicamente uma vistoria na pele do cachorro em busca de carrapatos;
- Se você adotar um novo cachorro, é importante que o mantenha separado dos outros cachorros enquanto ele não estiver devidamente desparasitado.
Autor: Matheus E. de Souza – Acadêmico do 4º Ano de Medicina Veterinária
Colaborador: Leandro C. de Souza – Médico Veterinário