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Abel admite pressão maior após eliminação precoce do Palmeiras na Copa do Brasil: “Desilusão”

Abel Ferreira definiu como “desilusão” a queda do Palmeiras na terceira fase da Copa do Brasil para o CRB, no Allianz Parque. Depois de criar 35 chances, o treinador afirmou que o Verdão poderia passar o dia todo em campo e mesmo assim não conseguiria o gol para evitar a eliminação nos pênaltis, após a derrota por 1 a 0 no tempo normal.
– Não tivemos a eficácia que deveríamos ter nas 35 finalizações que tivemos. Pelo menos quatro delas flagrantes, até em cima da linha do gol. Futebol se resume a isso. É uma desilusão para todos, para o treinador, jogadores, direção e torcedores, que sofrem tanto quanto nós. Era um objetivo que queríamos, este agora não temos mais a possibilidade de lutar. Criamos oportunidades contra uma equipe que se defendeu bem, criou duas chances e fez um gol. O maior objetivo é fazer gols e hoje não tivemos o engenho e a capacidade de superar o adversário nas oportunidades que criamos – lamentou.
– A equipe criou oportunidade para fazer gols e por A + B, poderíamos estar aqui o dia todo, nem nos pênaltis, poderíamos estar aqui o dia todo que não iríamos fazer gols. Muitos dos arremates dentro da área pararam na perna ou corpo de algum adversário, que se defendeu com tudo e acabou por nos vencer nos pênaltis. Lutou, ganhou com competência e felicidade – reforçou.
– A pressão em quem joga no Palmeiras é diária, jogamos sempre para ganhar e quando não ganhamos estamos sempre pressionados. Temos dois dias para recuperar, um jogo bom em casa para dar uma boa resposta já no sábado (contra o Corinthians). Vamos ter menos jogos, é o que vai acontecer, era uma competição que queríamos voltar a estar na decisão, queríamos ganhar de novo, mas estamos fora, temos de assumir e é isto que tenho a dizer – resumiu.

Análise: São Paulo leva susto inesperado, mas mostra grandeza e faz obrigação com goleada

O São Paulo venceu o 4 de Julho, na última terça-feira, por 9 a 1. Mas quem está lendo esta análise e não acompanhou comentários nas redes sociais ou grupos de conversas talvez não acredite que em certos momentos do jogo o torcedor são-paulino temeu pelo pior.
Muito pelo histórico de vexames recentes, muito pelo que a equipe vinha apresentando nos últimos jogos e por como a partida começou para o Tricolor.
Após ser derrotado por 3 a 2 com um time reserva no Piauí, o São Paulo foi ao Morumbi com o que tinha de melhor. Qualquer vacilo custaria caro. E nos primeiros segundos de partida o torcedor via um filme de humilhações passar pela cabeça.
Isso porque Dudu Beberibe aproveitou o vacilo da zaga e do meio de campo do Tricolor e abriu o placar. O São Paulo precisava fazer três gols para não depender de uma disputa de pênaltis. O tempo foi passando, o placar não mudava e uma enxurrada de críticas passou a recair sobre o elenco no “tribunal das redes sociais”.
Mas a sorte do São Paulo é que a histeria da internet passou muito longe do Morumbi. Aos poucos, a equipe implementou seu jogo e não deu muitas brechas ao 4 de Julho.
Aos 30 minutos do primeiro tempo, Gabriel Sara fez o terceiro do Tricolor e deu fim ao susto desnecessário criado desde o jogo de ida. O time mostrou a grandeza do clube para não deixar o azar rondar o estádio que viu eliminações para Mirassol e Lanús em 2020.
Depois desse “gol do alívio”, o São Paulo fez o que quis e o que não quis. Nem mesmo os dois gols anulados foram capazes de parar o ímpeto são-paulino, que construiu uma vitória por 9 a 1 e registrou a segunda maior goleada da história do Morumbi.
É claro que deve ser levado em consideração o nível técnico do 4 de Julho, equipe da quarta divisão do futebol brasileiro, mas uma vitória por nove gols deixa aqueles que marcaram mais leves e confiantes (Pablo fez três) e reacende a chama que estava um pouco apagada desde a conquista do Paulistão.