Desde o início da pandemia, muito tem se especulado sobre os sintomas e a transmissão no novo corona vírus. Casos suspeitos foram surgindo até que Pedro Henrique Fonseca teve a doença confirmada, há cerca de 40 dias. O Jornal A Tribuna conversou com Pedro, que contou detalhes da doença, do isolamento e da sensação de contrair o mal do século: o COVID-19.
A contaminação de Pedro aconteceu aqui em Borborema mesmo, como ele mesmo nos contou. No começo, ele acreditou ser pneumonia. Quando a suspeita de Covid foi levantada, Pedro foi isolado pelos profissionais da saúde, ainda no hospital. A tomografia deu inconclusiva, mas ele possuía, com exceção de falta de ar, todos os sintomas. Por conta da suspeita, Pedro ficou sem poder receber visitas. “As medidas de distância, bem como a utilização de álcool gel e a máscara são o correto, evitando também aglomeração. São formas corretas e necessárias de prevenção”.
O paciente também contou que os sintomas são terríveis. Dor de cabeça constante, sem paladar e olfato, febre alta, tosse e cansaço 24h por dia. “A sensação de não poder fazer nada e apenas esperar os médicos e enfermeiros fazerem o correto é horrível. Era necessário coletar sangue 3x ao dia e chega um momento que a dor é insuportável; você não tem forças. Algo que me manteve esperançoso era a certeza que Deus estava cuidando de tudo”.
“Muitas pessoas da cidade e da região começaram boatos e afirmações falsas, talvez por medo. Eu não tive contato com ninguém de risco após a confirmação, evitei encontrar com minha avó de 85 anos e qualquer pessoa acima de 60. Minha esposa, graças a Deus, não foi contaminada. O que importa é que cada cidadão faça sua parte e obedeça as medidas colocadas pelas autoridades. Sem aglomerações, com máscaras e com álcool em gel. Oremos pelas famílias que perderam seus entes queridos para este vírus. Que Jesus Cristo esteja com todos nós”, concluiu.
A doença já tem mais de 500 mil infectados no Brasil, mais de 32 mil mortos e uma taxa de mais de 1300 mortes por dia no país. Os números assustam e deixam um aviso para que a população se cuide. Pedro, o primeiro caso de Borborema, diz que aqueles que não acreditam na doença ainda, apenas façam sua parte, para que outros possam cumprir seus deveres como cidadãos, para o bem de todos.
