Sonia Ap. dos Santos Cavalini é professora da APAE desde sua fundação em nossa cidade, há cerca de 30 anos. Viu diversos alunos crescerem e se tornarem adultos desde que começou a dar aula. Agora, a professora mais antiga da APAE está a dois meses em casa sem poder dar aulas para seus alunos. Ela contou ao JT as dificuldades das aulas à distância, e sobre as mensagens que recebe diariamente de seus alunos, que sentem saudade da carinhosa mestra.
A profª Sonia conta que já trabalhava com os alunos indo pra Ibitinga, antes da APAE ser aberta em Borborema. Quando a associação foi fundada aqui, ela se tornou professora, dando início ao belíssimo trabalho dela e de outros profissionais nos cuidados e ensinamentos aos alunos deficientes.
Os alunos da profª Sonia, que tinham aulas diárias com ela, são agora obrigados a receber os vídeos da professora para fazer suas atividades. “Eu trabalho com estimulação precoce. Cada um tem sua particularidade: um apenas consegue trabalhar se a música estiver ligada. Sem música, ele não consegue fazer nada. É mágico ligar a música e ver como ela se desenvolve”, conta.
No início da pandemia, as aulas foram suspensas e, para a professora, foi terrível. “Ficar longe deles é minha maior dor, e eles também sentem minha falta. Recebo mensagens carinhosas deles e dos pais todos os dias”.
Agora, mestre e aprendizes se comunicam apenas através das vídeo-aulas gravadas. Para a professora que está a mais tempo cuidando dos alunos da APAE, gravar e preparar as vídeo-aulas foi um desafio novo em sua carreira. As aulas começaram a ser gravadas há cerca de 20 dias, e cada professor agora grava sua aula para os alunos.
Esperamos que essa situação se resolva o mais rápido possível e que alunos e professores possam se reencontrar. Parabéns aos profissionais pelo belo trabalho na APAE.
