Pensar sobre saúde mental envolve melhorar o bem estar e qualidade de vida. Infelizmente, a saúde mental ainda é pouco entendida pelas pessoas, e carrega muitas ideias distorcidas que foram construídas ao longo da história.
Todos esses preconceitos fazem com que as pessoas se tornem mais resistentes ou tentem negar a importância dos cuidados com sua própria saúde mental, não respeitando seus limites e deixando de se perceberem, o que dificulta o desenvolvimento de habilidades e estratégias mais saudáveis para lidar com os momentos mais difíceis na vida. Somando-se isto ao modo de vida atual, mais agitado, com maior acúmulo das atividades e a sobrecarga, o resultado é que as pessoas acabam adoecendo. Infelizmente esse é um dos fatores que tem feito a ansiedade e depressão chegarem a ser atualmente, conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), as doenças mais incapacitantes no mundo. O Brasil é considerado o país com mais pessoas estressadas na América Latina.
Com isso, é fundamental entender que, da mesma forma que uma pessoa precisa cuidar de sua saúde física, criando e mantendo hábitos positivos como se alimentar bem, ter um bom sono ou fazer atividade física, também precisa cuidar de sua saúde mental, desenvolvendo hábitos positivos para isso.
A saúde mental envolve a qualidade em como se lida com os próprios pensamentos, sentimentos e emoções durante o dia, nas atividades e nas relações com as pessoas, diariamente. Nesse sentido, aumentar o autoconhecimento pode ajudar na identificação do que a própria pessoa está sentindo, o que a incomoda ou lhe gera sofrimento, quais são os limites pessoais e o que pode lhe trazer bem estar e felicidade.
Pensar sobre essas questões ajudará a desenvolver maior habilidade em lidar com as emoções, auxiliando na tomada de decisões que poderão ser fundamentais para a manutenção da saúde mental e emocional.
Trazendo para a maternidade então, não podemos cuidar dos outros sem cuidar de nós mesmas. E esse entendimento é um passo decisivo na busca do equilíbrio emocional tão importante nessa fase da mulher.
É nesse momento em que grande parte das mulheres se sente sobrecarregada, sofrendo com a cobrança externa e até com suas expectativas sobre si mesma.
O que ocorre é que muitas vezes as mães não sabem e não falam sobre essas dificuldades e têm medo de admitirem que precisam de apoio ao nível psicológico, mental, emocional, por receio de serem julgadas, consideradas incapazes de cuidar de seus filhos e de lidar com a maternidade. Muitas sofrem caladas.
A necessidade por aprovação e aceitação social tem sido cada vez mais frequente, não se compare com as outras mães, existe um ditado que afirma: “todas as mães são iguais”, mas não é bem assim. Cada mãe é única e possui características, habilidades e necessidades próprias. Afinal, você é única e está sempre em busca de evolução.
Por isso, não se compare à ninguém, foque em você, nos seus aspectos positivos e pontos de melhoria. Você só precisa da aprovação de si mesmo, os outros apenas refletem o amor que nós sentimos por nós mesmos.
Lembre-se; Ser mãe é viver um amor absoluto e diariamente, e um permanente desafio, e acima de tudo, uma dádiva eterna.
Desacelere, busque o equilíbrio e SE AME!
PSICÓLOGA
ANGELINA ANDRADE
CRP: 06/159800
