Já sentiu aquele cheiro desagradável quando seu animalzinho chegou perto do seu rosto para te beijar? Ou você percebeu que os dentes do seu pet não são mais brancos como quando eram filhotes? Se o seu animal se enquadra nessas condições, ele está com cálculo dentário, conhecido mais como tártaro dentário, isso é muito comum em cães, mas também pode ocorrer em gatos, à medida que envelhecem ou devido a alimentação incorreta.
O tártaro é uma placa bacteriana formada pelo acúmulo dos restos de comidas nos dentes e que não são retirados corretamente. O surgimento do tártaro é inevitável, mas alguns fatores podem predispor como, idade, raças pequenas e com focinho achatado, e alimentação inapropriada. Não é difícil diagnosticar que seu animalzinho está com tártaro, o mau hálito é o primeiro sinal que se percebe, além disso, ao abrir a boca do seu pet pode-se notar manchas amarelas próximo a gengiva, que é a placa bacteriana. Em casos mais graves o animal pode perder o apetite e parar de se alimentar, devido as dores dentárias, também pode causar doença periodontal, gengivite e estomatite, além disso as bactérias presentes na placa podem invadir os vasos sanguíneos da boca e transitar para outros locais, como coração, pulmões, rins e fígado.
Como dito anteriormente não existem formas para evitar o tártaro nos animais, mas você pode tomar algumas precauções para adiar a formação dessa doença, como oferecer uma alimentação adequada, com ração de qualidade e própria para o tamanho e idade do seu pet, além de evitar alimentos humanos e levar seu animal periodicamente ao médico veterinário para avaliar a saúde bucal. Mas quando ele já se formou o único tratamento é a limpeza de tártaro, que é um procedimento cirúrgico simples, feito com equipamento específico, chamado de ultrassom odontológico, que tem como função remover as placas formadas pelo tártaro manualmente, o pós-operatório visa combater as bactérias que estavam alojadas nas placas bacterianas, equilibrar o estômago do animal, e se necessário uma reeducação alimentar para o animal, evitando que o tártaro volte a se alojar rapidamente nos dentes.
Autor: Matheus E. Souza – Acadêmico do 4º Ano de Medicina Veterinária
Colaborador: Leandro C. Souza – Médico Veterinário
