O Brasil, hoje em dia, está vivendo uma situação que foram criadas diversas bolhas sociais. As redes sociais, que tinham o papel de conectar pessoas, se tornou um antro de bolhas sociais mais fortes do que nunca.
Isso porque é muito fácil ignorar um usuário que não concorde com você, e é isso que as pessoas tem feito com frequência. O resultado disso são bolhas sociais virtuais, onde as pessoas acreditam com veemência naquilo que estão discutindo (e concordando) entre si. Por conta das bolhas, é muito fácil ver pessoas que acreditam que há apoio incondicional àquele ou à este político. Nem 70% de lá, nem de cá, esse tipo de dado ou informação precisa ser confirmada em fontes seguras e sérias. “Quando todos pensam igual, ninguém está pensando” Walter Lippmaann.
As bolhas sociais sempre existiram, como quando sentavam todos em frente à uma casa e conversavam, fofocavam e trocavam ideias. Hoje, as bolhas alcançaram níveis estratosféricos: não é preciso ir muito longe na internet para encontrar quem concorde com suas ideias.
O resultado disso são terraplanistas, anti-vacinas e negacionistas da ciência sem base alguma de conhecimento verdadeiro; filósofos de lugar nenhum esbravejando ideias sem sentido em vídeos e o isolamento – e ataque feroz – a qualquer um que pense diferente.
A existência dessas bolhas pode ser percebida no Brasil pelas pessoas que saem às ruas dizendo que o novo vírus não existe: fazem parte de um grupo que vive em uma guerra interna de que tudo é conspiratório; pode ser percebida em quem acredita que há apoio incondicional a um ou outro político. Nem de lá, nem de cá.
Nesse momento, seria simples procurar a resposta em fontes confiáveis. Mas essas pessoas não querem fontes. Elas querem esbravejar seus achismos e suas ignorâncias mundo áfora. Dados são irrelevantes.
Nós acreditávamos que o acesso ao conhecimento com a internet tornaria o mundo melhor. Estávamos errados. A bolha tira a necessidade de pensar e elas se unem com uma frequência muito grande.
