Após aproximadamente um mês do início real do isolamento social proveniente de ações para conter a disseminação do Covid-19, Borborema vem registrando queda acentuada das vendas de todo o comércio, inclusive dos serviços essenciais como alimentação. De acordo com a Associação Comercial e comerciantes de nossa cidade, a queda nas vendas é altíssima e reduziu, em alguns locais, o número de trabalhadores em 70%.
A previsão é de fechamento de empresas a partir do próximo vez, com aponta a Associação Comercial e Industrial de Borborema (ACIB). Com as orientações de isolamento e fechamento de serviços não essenciais, muitos trabalhadores estão enfrentando dificuldades, mesmo que seja pela saúde. Outra previsão é de que, a longo prazo, o isolamento irá gerar queda no recolhimento. A curto prazo, a capacidade de compra e, com isso, queda do giro financeiro de toda a cidade.
Para o Presidente da ACIB, Cláudio Simões, a situação é complexa. “Muitas empresas e pequenos negócios irão encerrar suas atividades em futuro bem próximo, e com isso perderemos centenas de vagas de trabalho, fato que poderemos constatar mês a mês através do relatório mensal do CAGED (Cadastro geral de empregados e desempregados) a partir do próximo mês. Consequentemente haverá uma queda de receita no recolhimento de impostos como IPI, ICMS e até mesmo no ISS QN esse último um tributo municipal, afetando diretamente administração pública municipal. Reconheço a gravidade do problema de saúde pública ocasionada pelo Covid-19, mas a dose que foi aplicada através do isolamento social provocará uma crise sem precedentes na economia brasileira e de nosso município. Defendo e sempre defendi desde o início da pandemia o isolamento vertical, infelizmente essa batalha política só aconteceu no Brasil. Usaram mais uma vez as pessoas como joguete de político, fazendo da pandemia um palanque eleitora. Mas acredito que a recuperação dos empreendedores de Borborema pode até demorar um pouco, mas levantaremos novamente a nossa cidade, pois já passamos por crise parecida em 2018 com a greve dos caminhoneiros. Não acredito na máxima que “estamos todos no mesmo barco” mesmo porque nem todos remam no mesmo sentido, acredito que estamos todos no mesmo mar, enfrentando a mesma tempestade e aquele que encontrar um farol, mostre a todos para onde devemos seguir. Porque juntos podemos navegar até um porto seguro.”
Comerciantes procurados pela redação confirmam queda alta das vendas, em alguns locais chegando a 80%, e a redução do quadro que funcionários que já vem acontecendo, principalmente em empresas maiores. Não há uma previsão para melhora da situação.
