Esporte

Federação paralisa Campeonato Paulista por tempo indeterminado

A Federação Paulista de Futebol decidiu na manhã da última segunda-feira (16), em reunião com os clubes da primeira divisão estadual, paralisar a disputa do Campeonato Paulista por tempo indeterminado. A próxima rodada está temporariamente suspensa. O mesmo vale para a Série A2 e também para a Série A3.
É uma medida para minimizar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Os quatro maiores clubes de São Paulo votaram pela paralisação. Inicialmente, dirigentes de outros clubes buscaram alternativas – como antecipar para o decorrer desta semana a realização das duas rodadas finais da primeira fase –, mas acabaram convencidos. Com isso, a decisão foi unânime.
Está mantido o Dérbi entre Guarani e Ponte Preta, marcado para as 20h desta segunda-feira, no Brinco de Ouro, mas sem torcida por determinação da Secretaria de Saúde de Campinas. O jogo encerra a décima rodada do estadual, iniciada na última sexta-feira.
Ao longo dia, a Federação ainda fará reunião com clubes da série A3. A tendência é de suspensão dos jogos também.
Em nota oficial, a entidade afirmou o seguinte:
“A Federação Paulista de Futebol vem a público informar o resultado da reunião entre os presidentes de clubes do Paulistão Sicredi 2020, com a presença do Sindicato de Atletas Profissionais de São Paulo, sobre a pandemia do novo Coronavírus.
Os clubes votaram e decidiram em consenso pela paralisação da competição. Dessa maneira, a FPF anuncia que, a partir desta terça-feira (18), as partidas do Paulistão Sicredi 2020 estão suspensas por prazo indeterminado.”

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Os jogadores do Bragantino, profissionais e das categorias de base, entram em férias a partir desta quarta-feira, 1. O recesso coletivo, que também atinge os demais profissionais ligados ao futebol, vai até o próximo dia 20 e é uma medida adotada em conjunto pelos clubes da Série A do Brasileiro diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que paralisou as competições no país.
Os atletas já estavam em casa desde 16 de março, quando os treinos foram suspensos por causa da paralisação do Campeonato Paulista. Porém, os jogadores tinham que realizar treinos em domicílio e passar para a comissão técnica. Agora, nas férias, não há essa obrigação. O recesso funciona como as férias do fim do ano.
Embora não seja obrigatório a realização de atividades físicas durante as férias, o Bragantino orientou os atletas a manterem a forma física. O clube diz ter disponibilizado aos jogadores equipamentos que ajudem nesses exercícios.

O São Paulo prevê um prejuízo de cerca de R$ 100 milhões caso o futebol no Brasil fique paralisado por cerca de dois a três meses. Esse foi o balanço feito por Elias Albarello, diretor financeiro do clube.
Em entrevista ao canal do jornalista Jorge Nicola, na última quarta-feira, Elias Albarello explicou os impactos que a pandemia do novo coronavírus pode causar aos cofres do Tricolor.
– Nos últimos dez dias, analisando o impacto efetivo, no São Paulo deve girar em torno de R$ 90 milhões e R$ 100 milhões, nas projeções que estamos tendo de dois a três meses sem futebol. Como falei, pode chegar até a R$ 100 milhões, depende da retomada, por exemplo. Temos discutido com a CBF, há cenários de iniciar campeonatos e no retorno, por força de lei, ter jogos com portões fechados. Isso já perde bilheteria, o que foi o grande impacto que tivemos – afirmou o diretor.

Assim como fez no departamento de futebol, no CT Joaquim Grava, a diretoria do Corinthians colocou a maior parte dos seus funcionários que costumam cumprir expediente no Parque São Jorge, sede social do clube, e também na Arena Corinthians, em férias coletivas de 20 dias.
O período foi iniciado nesta quarta-feira. Boa parte dos trabalhadores, aliás, já vinha em regime de home office, trabalhando fora do ambiente do clube.
Segundo a assessoria de imprensa do Corinthians, alguns departamentos ainda seguirão com funcionários ativos, como os de comunicação, financeiro, administrativo e Recursos Humanos. As atividades, porém, são feitas de casa.

O Atlético Nacional, da Colômbia, foi à Fifa para cobrar o Santos o valor referente à negociação envolvendo o zagueiro Felipe Aguilar. Com juros, a dívida de US$ 1,1 milhão, metade do valor acertado pela compra do defensor, subiu para US$ 1,5 milhão (de acordo com a cotação desta quarta-feira, R$ 7,8 milhões).
A informação de que o Atlético Nacional foi à Fifa cobrar o Santos foi divulgada inicialmente pelo jornalista colombiano Pilar Velásquez e confirmada pelo GloboEsporte.com.
Felipe Aguilar foi comprado pelo Santos em 2019 por cerca de US$ 2,2 milhões, mas o clube pagou apenas metade do valor, de acordo com a reclamação do Atlético Nacional.
No mês passado, Felipe Aguilar foi vendido pelo Santos ao Athletico-PR por R$ 10 milhões, mas o valor não foi utilizado pelo clube para quitar a dívida.

O departamento de futebol do Palmeiras paralisou todas as suas atividades por conta da pandemia do coronavírus no último dia 16. Porém, a comissão técnica tem tentado encontrar maneiras alternativas para continuar o trabalho, mesmo à distância.
O técnico Vanderlei Luxemburgo, por exemplo, tem falado com seus companheiros em conversas diárias por telefone. De acordo com o auxiliar Maurício Copertino, que participa de todas as “reuniões”, está sendo possível aproveitar o tempo parado.
– A comissão toda tem se falado sempre, procurado conversar, alinhar ideias. É uma coisa nova, nunca existiu isso dentro do futebol, uma parada, uma previsão sombria, ninguém tem certeza. A gente continua conversando, falando sobre o time, os jogadores, vendo os jogos… Está sendo importante pra conversar e tudo o que tem no trabalho – contou.