A parvovirose canina é uma das principais doenças que acometem os cães, sendo grande maioria acometida por ela, cães filhotes e jovens. Denominada de “parvo”, essa afecção possui origem viral, sendo pertencente à família Parvovírus. O vírus que causa essa doença é o CPV-2.
Essa doença é transmitida por meio do contato com fezes ou vômitos que contenham o vírus, isso pode ocorrer por meio da via respiratória, secreção ocular e nasal, ou através do contato direto com outro cão infectado. Ele é conhecido por ser altamente resistente ao ambiente, permanecendo durante meses em objetos contaminados, bem como no local onde foi liberado.
O período de incubação da parvovirose varia de 7-14 dias. O sintoma clássico da parvovirose é a diarreia com presença de sangue e odor fétido, mas os animais acometidos podem apresentar vômito, letargia, anorexia, mucosas pálidas e perda de peso repentina. A maioria dos casos da doença são observados em cães com menos de 6 meses de idade, sendo os mais graves em com até 12 semanas. Dificilmente cães adultos expostos ao vírus venham a apresentar esses sintomas, mas caso ocorra, o vírus causa hipotermia ao invés de febre.
A parvovirose é uma doença que pode se manifestar de duas formas: a primeira é a mais comum, conhecida como enterite, onde o vírus causa um problema gastrointestinal grave, que é extremamente contagioso e pode ser fatal quando não tratado adequadamente, e a outra, causa miocardite aguda, que é responsável por provocar morte súbita em filhotes.
O diagnóstico é feito por um veterinário, com base na anamnese e nos sinais clínicos que o animal apresenta, junto aos exames hematológicos, como hemograma e bioquímico. Além dos citados, o exame de fezes e os testes rápidos de parvovirose podem auxiliar a fechar o caso.
Por se tratar de uma infecção viral, o tratamento baseia-se em dar suporte ao animal durante o ciclo do vírus, tratando os sintomas apresentados. Nesses casos é necessário que o animal fique internado, pois ele precisará ser hidratado, além de receber eletrólitos, nutrientes, e medicamentos para tratar os sintomas e aumentar a imunidade do animal, evitando que outras doenças se desenvolvam.
A vacinação é o meio mais eficiente para prevenir o animal de ser contagiado pela parvovirose, ela está inclusa nas vacinas múltiplas, como V8 e V10. Para isso é necessário seguir o protocolo de vacinação e as orientações do veterinário. Nessa fase é importante para o filhote evitar saídas para banho, petshop e rua, além do contato com outros animais que não sejam vacinados, até que o filhote tenha completado o protocolo vacinal, pois apenas após a última dose da vacina ele estará com os anticorpos necessários para combater a doença, caso-o acometa.
Autor: Matheus E. de Souza – Acadêmico do 4º Ano de Medicina Veterinária
Colaborador: Leandro C. de Souza – Médico Veterinário