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Cinomose: A Temida Doença dos Cães

A cinomose é uma doença infectocontagiosa de origem viral que afeta os cães, sendo em sua maioria filhotes, por não terem completado o protocolo vacinal, e idosos, por terem imunidade baixa. Ela é causada pelo Vírus da Cinomose Canina (VCC), da família Paramyxovirus, sendo uma das doenças mais comuns que acometem os cães.
Sua transmissão ocorre através de animais que se contaminam por contato direto com outros já infectados, ou pelas vias respiratórias, pelo ar contaminado ou por fômites, que são objetos que já tiveram contato com algum portador. A transmissão direta é por secreção do nariz e boca de animais infectados.
Os sintomas iniciais são inespecíficos, sendo mais comum falta de apetite, tosse, secreção nasal e ocular, mas conforme ocorre progressão da doença os sintomas irão variar de acordo com as seguintes fases da doença: respiratória (tosse seca ou purulenta, secreção nasal e ocular, febre aguda, dispneia e pneumonia), gastrintestinal (vômito, diarreia, anorexia e dor abdominal), neurológica (convulsões, contrações involuntárias e paralisia), cutânea (pústulas abdominais e hiperqueratose) e oftálmica (secreção nos olhos, conjuntivite severa e lesões na retina), porém não é necessário os cães passarem por todas essas fases.
O diagnóstico de cinomose é feito por um veterinário, através dos achados clínicos, com o auxílio dos exames laboratoriais, como hemograma, PCR, ELISA, sorologia e kits de teste rápido, feitos em clínicas e hospitais veterinários. Infelizmente até o momento não há uma cura para animais diagnosticados com essa doença, o seu tratamento baseia-se em conter os sintomas aparentes e aumentar a imunidade do animal. A taxa de morte é de 85% e mesmo os que sobrevivem a ela podem em sua maioria, apresentar sequelas nervosas.
A cinomose pode ser prevenida seguindo o protocolo vacinal do animal e as recomendações do veterinário. É importante não deixar filhotes terem contato com outros animais não vacinados até completarem o ciclo vacinal, pois apenas após sua última dose ele estará apto a combater o vírus caso ele entre em contato com o organismo do animal.
Autor: Matheus E. de Souza – Acadêmico do 4º Ano de Medicina Veterinária
Colaborador: Leandro C. de Souza – Médico Veterinário