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A Gripe Canina: Tosse dos Canis

Com a recente mudança de estação para o outono, começam a surgir as baixas temperaturas e o clima seco, está combinação de fatores predispõe os animais à uma série de enfermidades que atingem o trato respiratório. A traqueobronquite infecciosa canina (TIC), conhecida como a tosse dos canis ou até gripe canina, é uma síndrome respiratória, que pode ser causada tanto por vírus, sendo o mais comum o da Parainfluenza Canina (CPIV), como por bactérias, sendo a Bordetella bronchiseptica o maior causador.
As formas de transmissão mais comuns se dão pelo contato direto entre um cão saudável e um contaminado, ou contato indireto, pelo ar, através de secreções respiratórias. O agente dessa doença se locomove facilmente devido à grande quantidade de espirros e tosses que causa nos animais. Os principais sintomas são espirros, tosse com ou sem secreção, falta de apetite e secreção nasal, mas eles podem se agravar e causar febre, anorexia, dispneia, engasgo, ânsia e até vômito, em casos de infecção secundária.
O tratamento vai depender do estágio que a doença se encontra, em casos mais brandos, o próprio organismo do animal pode se defender e dentro de poucos dias até 2 semanas, desaparecer com os sintomas, mas o desconforto para o animal faz o uso de medicamentos aconselhável. Em casos mais graves é feita uma terapia de suporte com uso de antibióticos, corticosteroides, mucolíticos, broncodilatadores ou antitússicos.
A prevenção dessa doença é possível e já existem diversas vacinas no mercado que protegem contra a ação desse vírus e que reduzem os sintomas da infecção secundária causada pela bactéria. Mas no caso de suspeita, recomenda-se que o animal seja isolado, para evitar a proliferação da doença, até que o tratamento seja finalizado.

Autor: Matheus E. de Souza – Acadêmico do 4ª Ano de Medicina Veterinária
Colaborador: Leandro C. de Souza – Médico Veterinário